A Dispersão de Sementes na Recuperação de Plantas Pós-Fogo
Sérgio Timóteo, PhD
Os fogos têm moldado muitos ecossistemas terrestres ao longo da história do planeta, incluindo aqueles da região Mediterrânica. Muitas plantas desenvolveram mecanismos e características que lhes permitem sobreviver e regenerar após a ocorrência fogos. No entanto, estes nem sempre são suficientes e as plantas necessitam de recolonizar áreas ardidas, promovendo assim a regeneração das florestas e mantendo a dinâmica populacional e genéticas das espécies.
Neste sentido, a dispersão de sementes é indispensável e o seu transporte através de vetores bióticos – animais, assume um papel preponderante. Isto realça a importância ecológica das interações para a manutenção dos ecossistemas florestais. Reflete também a relevância social da manutenção dos processos ecológicos para a conservação e recuperação das comunidades vegetais.
Sobre
Sérgio Timóteo é Investigador do Centro de Ecologia Funcional, no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, integrando o Laboratório de Ecologia das Comunidades. O seu trabalho tem-se focado na aplicação da teoria de redes para entender o papel das interações entre espécies na manutenção de processos essenciais para a manutenção de ecossistemas funcionais. Ao longo do seu percurso promoveu a adoção de uma abordagem de redes multicamadas para uma visão abrangente de redes ecológicas e socio-ecológicas com trabalho desenvolvido sobre Moçambique, Guiné-Bissau e Amazónia. A isto juntou o estudo de fenologia e o uso de bases de dados históricos. Publicou mais de 30 artigos científicos e é editor na revista Web Ecology.
