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Relação entre o microbioma intestinal e a doença de parkinson

Sandra Cardoso, PhD

A palestra "Relação entre o Microbioma Intestinal e a Doença de Parkinson" explora a crescente evidência de que alterações na composição do microbioma intestinal podem desempenhar um papel fundamental na origem e progressão da Doença de Parkinson (DP). Serão discutidos estudos recentes que demonstram como a disbiose intestinal pode afetar a integridade da barreira intestinal, desencadear respostas imunitárias inflamatórias e contribuir para a propagação da alfa-sinucleína no eixo intestino-cérebro. Além disso, abordaremos potenciais estratégias terapêuticas baseadas na modulação da inflamação intestinal com o objetivo de retardar ou mitigar a progressão da DP.  

Sobre

A sua carreira científica teve início após a conclusão da licenciatura em Biologia em 1995, seguida de um Mestrado em Biologia Celular na Universidade de Coimbra (1998). Motivada por estas primeiras experiências de investigação, prosseguiu com um doutoramento subordinado ao tema "Mecanismos moleculares de morte celular na doença de Alzheimer: O papel das mitocôndrias", sob a orientação da Professora Catarina Resende de Oliveira. O trabalho desenvolvido durante o doutoramento produziu resultados significativos, incluindo a demonstração do papel essencial das mitocôndrias na patogénese da doença de Alzheimer (DA). Explorou ainda o impacto da disfunção mitocondrial nas plaquetas de doentes com DA, estabelecendo uma ligação entre biomarcadores periféricos e processos neurodegenerativos centrais. Este trabalho originou colaborações internacionais, permitindo-lhe aprofundar os conhecimentos em biologia mitocondrial e doenças neurodegenerativas durante períodos de investigação no Reino Unido e nos EUA.

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Após o doutoramento, realizou um pós-doutoramento no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), onde iniciou a investigação sobre a disfunção mitocondrial na doença de Parkinson (DP) e estabeleceu a sua linha de investigação independente.Desde então, tem conduzido estudos focados na dinâmica do eixo intestino-cérebro e na função mitocondrial em doenças neurodegenerativas. Demonstrou que uma neurotoxina produzida por bactérias ambientais induz parkinsonismo num modelo animal, trabalho publicado na revista GUT e distinguido com o Prémio de Investigação Básica 2023 da Pfizer e da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa.

 

Mais recentemente, a sua equipa identificou biomarcadores de DP prodrómica e demonstrou que a disfunção da barreira intestinal precede a patologia cerebral.Enquanto líder do grupo Gut-Brain Axis (GAin), assegurou mais de 1,2 milhões de euros em financiamento competitivo, supervisionou numerosas teses e projetos e publicou mais de 130 artigos científicos, acumulando mais de 15 000 citações (H-index 48, WoS). As suas contribuições foram amplamente reconhecidas, tendo recebido diversos prémios de prestígio, incluindo o Prémio Mantero Belard e o Prémio Janssen Neurosciences. Foi ainda incluída na lista dos 2% de investigadores mais citados a nível mundial.Em reconhecimento do seu percurso profissional e dos contributos para a investigação na área da Saúde, foi distinguida com a Medalha de Mérito pelo Ministério da Saúde de Portugal em 2013.

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